Parecia doer mais que qualquer castigo
Aquela saudade que lhe bateu pela manhã
Na cama fria, ela procurava abrigo
Ardiam seus ossos com a culpa vã
Cansada da agonia do sentimento antigo
Implorou com fervor a Deus e a Satã
Queria dormir em paz e consigo
Como se afastar de um ímã?
Então, despiu-se de sua lembrança,
Mergulhou na solidão coesa
E, feito borboleta presa,
Morreu em sua destemperança
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